Uma gama de perguntas ronda o Inter neste momento. O time ficará em terceiro ou quarto lugar no Brasileirão e, em consequência entrará na fase de grupos da Libertadores ou precisará disputar a primeira fase? Qual será o presidente no biênio 2015/2016? Marcelo Medeiros ou Vitorio Piffero? E, com isso, qual será o técnico? Há duas opções na mesa: Tite ou Abel Braga. A tendência aponta que o primeiro, condutor do título da Copa Sul-Americana em 2008, retorne ao clube após seis anos em razão do favoritismo de Piffero apontado nos bastidores. No primeiro turno do pleito, a consulta aos sócios conferiu 56,6% dos votos ao ex-presidente, campeão da Libertadores de 2010.
Após deixar o Corinthians em 2013, Tite não trabalhou ao longo desta temporada. Buscou aprimorar seus conhecimentos e acreditou que poderia ter uma chance na Seleção após a Copa do Mundo, o que não ocorreu. Entretanto, "voltará à guerra", como diz uma pessoa próxima ao treinador. E o cenário aponta o Beira-Rio como um dos locais prováveis. Seu nome também é tratado fortemente no Timão. A ideia de Tite é ouvir todas as ofertas possíveis para tomar a melhor decisão, de acordo com o projeto que mais lhe agrada.
Tite evitou conversar diretamente, até em função de Abel ainda estar empregado. Todavia, seu empresário, Gilmar Veloz, já foi contatado para abrir as tratativas. Valores na casa de R$ 800 mil e R$ 900 mil chegaram a ser especulados, mas a pedida é bem abaixo destes números.
O que seria um entrave a Tite no Beira-Rio é garantido como solucionado. Ainda em 2009, o técnico teve um desentendimento com D'Alessandro, hoje capitão do Inter. Em 2013, o técnico, então no Corinthians, não gostou de uma atitude de Jorge Henrique, mas, quando o meia-atacante se despediu do grupo, tratou de abraçá-lo e terminar com qualquer tipo de mágoa.
Abel tem como trunfo conhecer o grupo do Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)
Se Tite é o nome preferencial de Piffero, Medeiros tem em Abel seu plano A. O atual vice de futebol trabalha com o técnico e entende que a continuidade serve como trunfo para colher os frutos, principalmente na luta pelo tricampeonato da Libertadores.
Abel tem consciência do panorama. Tanto que definiu seu futuro com a família, embora não tenha confirmado se seguirá ou não no Beira-Rio. E, ao reiterar seu carinho pelo Inter, deixou claro que dificilmente pegará outro clube no Brasil caso deixe o time gaúcho:
- De antemão, quero agradecer todos os jogadores e funcionários. Com esses problemas todos, conseguimos dar a volta. Posso garantir uma coisa: o futebol é dinâmico, muda muito. Mas não sei se vou trabalhar em algum clube brasileiro se não ficar no Inter. Se for para ficar, que seja onde eu estou. Nem tudo foi mil maravilhas, óbvio, mas não vejo nada superior ao Inter para sair daqui e ir para lá. A única diferença é sair daqui e ir para casa. Isso tem um peso e um significado especial. Eu não tenho intenção de trocar o Inter por outro clube. Isso precisa ficar claro. Isso não existe. Pode até acontecer, mas não existe agora.
A eleição ocorrerá no dia 13 de dezembro. Antes disso, Abel tenta colocar o Inter na fase de grupos da Libertadores. Atualmente o time está em terceiro com 66 pontos, igual ao Corinthians, mas à frente em razão do número de vitórias - 20 a 18. Caso vença o Figueirense, confirmará a posição. A partida com o time catarinense começa às 16h30 deste sábado no Orlando Scarpelli em Florianópolis.
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