A batalha pelo título do Campeonato Gaúcho começa neste domingo, às 16h, em Caxias do Sul. A primeira partida da final será disputada no Estádio Centenário e o jogo decisivo acontecerá no próximo domingo no Beira-Rio. Ao longo do Gauchão, Inter e Caxias protagonizaram campanhas distintas, mas que levaram os dois clubes ao mesmo destino. O GLOBOESPORTE.COM preparou um raio-x da trajetória dos finalistas. Foram momentos de glória, susto e frustração que ainda não acabaram e necessitam de um ponto final.
Taça Piratini
O Inter ingressou no Gauchão dividido com a participação na Libertadores. Por causa do foco na competição sul-americana, pediu adiantamento da quarta rodada da Taça Piratini e estreou com vitória diante do Novo Hamburgo. No entanto, foi um jogo sem brilho, com dificuldades, um magro 1 a 0. Na rodada seguinte, a primeira derrota. Com equipe reserva, o time abriu 2 a 0 o primeiro tempo e acusou o desgaste na etapa suplementar. Acabou sofrendo 3 a 2 do Avenida, em Santa Cruz.
| Inter | Caxias |
|---|---|
| 5 vitórias | 6 vitórias |
| 1 empate | 4 empates |
| 3 derrotas | 1 derrota |
Mesmo com a campanha irregular durante a Taça Piratini, garantiu a primeira colocação da Chave 1, com 16 pontos. O time só não contava em enfrentar o Grêmio, classificado em quarto pelo Grupo 2. Pelas quartas, o time teve fraca atuação e caiu perante o rival, com uma derrota por 2 a 1, em dia de Kleber Gladiador.
Já o clube grená enfrentou um adversário que não mostrou resistência e acabou sendo derrotado por 2 a 0 no Estádio Centenário. A vitória sobre o Ypiranga-RS era apenas o início do que estava por vir. Logo, a equipe treinada pelo técnico Paulo Porto arrancou outras duas vitórias consecutivas, as duas fora de casa.
O Caxias partiu para a quarta rodada com moral e segurando a liderança do Grupo 2. O empate com o São Luiz fora de casa não desanimou o grupo que reagiu com uma vitória expressiva por 3 a 1 no clássico contra o Juventude. A sequência de jogos na fase de grupos da Taça Piratini traria mais um empate, uma derrota e uma vitória.
Classificado para as finais, o time grená superou todas as expectativas e chegou à semifinal contra o Grêmio depois de um 2 a 0 contra o São José-RS. O desafio parecia gigantesco: superar o time de Vanderlei Luxemburgo. E aconteceu. Nos pênaltis, conquistou a vaga para a final. No jogo que valia o título, outra vitória nos pênaltis contra o Novo Hamburgo e a taça enfim foi parar nas mãos do Caxias.
Taça Farroupilha
Depois de uma pequena crise, acarretada pela derrota diante do Santos, pela Libertadores, o Inter voltou com tudo para a Taça Farroupilha. Dessa vez, o técnico Dorival Júnior optou por não utilizar mais reservas no segundo turno. Apenas poupava os mais desgastados. A tática deu certo e a equipe vermelha emendou uma campanha avassaladora, repleta de goleadas. A principal atuação foi no 7 a 0 contra o Juventude, na partida que marcou a estreia de Jajá, com direito a dois gols e duas assistências.
| Inter | Caxias |
|---|---|
| 9 vitórias | 2 vitórias |
| 1 empate | 1 empate |
| nenhuma derrota | 4 derrotas |
A única vez que o Inter saiu sem os três pontos pela Farroupilha foi contra o Lajeadense, pela quinta rodada. Com seis reservas em campo, faltou inspiração ao ataque para vencer a defesa adversária. De resto, foram nove vitórias com 27 gols a favor.
Depois da conquista da Taça Piratini, o Caxias não conseguiu manter o ritmo e decepcionou no returno do Gauchão. Foram quatro amargas derrotas, duas vitórias e um empate. O saldo foi de três gols negativos. Frustração que provocou a demissão do técnico Paulo Porto e o choque de realidade no grupo grená. Mauro Ovelha foi contratado para reorganizar o grupo e focar nos dois jogos da tão aguardada final do Campeonato Gaúcho.
Na decisão da Taça Farroupilha, o Inter teve, enfim, a chance de se vingar do Grêmio. E conseguiu. Em uma boa atuação coletiva, venceu o Tricolor por 2 a 1, com gols de Dátolo e Fabrício, e carimbou assim a vaga para a decisão. Agora, Caxias e Inter se enfrentam na grande final do Campeonato Gaúcho.
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