Oscar está de volta ao time do Inter. Após 47 dias de brigas judiciais, o meia-atacante voltou a atuar, com direito a gol, no empate em 1 a 1 com o Caxias, no Centenário. A partida foi válida pelo jogo de ida da decisão do Campeonato Gaúcho.
Com o resultado, Inter e Caxias decidirão o Gauchão no Beira-Rio, no próximo dia 13. Pelo saldo qualificado, o Colorado leva a vantagem de um confronto sem gols na decisão. Empate por dois ou mais de diferença dão o título para o Grená.
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Agora, o time de Dorival Júnior se volta para a Copa Libertadores. Na quinta-feira, enfrenta o Fluminense, no Rio, em partida que decide vaga nas quartas de final da competição sul-americana. Já o Caxias se concentra totalmente no jogo de volta da decisão, no dia 13, no Beira-Rio.
Bola rolando
No Inter, a grande atração da equipe era a volta do meia Oscar. Sem atuar desde 17 de março, o garoto colorado voltava então a vestir a camisa colorada. Com a bola rolando, no entanto, acusava a falta de ritmo em partidas oficiais.
Já o Caxias, do estreante técnico Mauro Ovelha, trouxe uma surpresa para a partida. Recuperado de lesão, o lateral-esquerdo Fabinho não só foi a campo como se tornou uma das principais peças.
"camarotes"
O fator complicador para o bom futebol foi o gramado do Centenário. Alto, pesado, dificultava bastante o rolar da bola. Dessa maneira, os jogadores se obrigavam a fazer jogadas em lances pelo alto. O estádio recebeu aproximadamente 15 mil torcedores, sem contar aqueles que acompanharam a partida em camarotes improvisados, em telhados de casas e prédios nas cercanias do estádio.
No Caxias, o discurso era entrar em campo como se fosse uma final de Copa do Mundo. Dessa maneira, a equipe grená se postou no campo ofensivo e logo criou chance de gol. Aos dois minutos, Wangler recebeu lançamento nas costas de Índio, ingressou na área e, frente a frente com Muriel, desviou fraco e praticamente atrasou para o goleiro colorado.
A resposta colorada foi com dois lances de Jajá. Após cobrança de tiro de meta do camisa 1 do Inter, o meia-atacante bateu forte, mas nas redes, pelo lado de fora. Logo em seguida, recebeu passe preciso de Oscar, em inversão de bola, e disparou pela linha de fundo.
O ritmo do jogo era frenético, com duas equipes dispostas a atacar. Aos 12 minutos, mais uma vez Nei provou que é o melhor cobrador de faltas do Inter. Em lance frontal, chutou com categoria, no ângulo. O gol só não saiu graças ao bom goleiro Paulo Sérgio.
A partida se tornava equilibrada, reduzia a velocidade. Oscar aparecia mais, embora ainda não mostrasse o melhor da sua fase técnica. Aos 36, após cruzamento de Nei, Jô torneou de cabeça, fazendo balançar as longas madeixas artificiais que estreava, e mais uma vez Paulo Sérgio defendeu com segurança.
“Só bate quem erra”
Quando a partida parecia encaminhava para um empate, surgiu então o homem-surpresa: Fabinho. O lateral-esquerdo apareceu como um ponteiro direito, se livrou da marcação e rolou para Mateus. Em lance frontal, e sem marcação, ficou mais simples. Chutou forte, sem chances para Muriel.
Mateus é aquele mesmo que pronunciou a frase “só bate quem erra”, após perder um pênalti contra o Novo Hamburgo, na decisão da Taça Piratini.
Com a vantagem no placar, o Caxias adotou a famosa tática da cautela. Se resguardava no campo defensivo e somente saía “na boa”, em lances de contra-golpe.
Gol e lágrimas de Oscar
Na prática, a tática caxiense não se mostrou eficaz. Aos 11 minutos, aquele Oscar que aparecia tímido na etapa inicial mostrava que era apenas questão de tempo. Recebeu lançamento de Jajá na ponta esquerda, se livrou com facilidade de Umberto e tocou com categoria para as redes.
Oscar encerrava então uma sequência de 47 dias impossibilitado de atuar. Não escondeu a emoção as lágrimas de um ainda garoto, na juventude dos seus 20 anos. Recebeu o abraço e o carinho dos companheiros, como Tinga e Jajá.
Após o empate, o time da casa voltou a se jogar ao ataque. Foi o Inter, no entanto, que voltou com perigo. Após jogada individual de Oscar, Jô ajeitou de cabeça e João Paulo, substituto de Tinga na segunda etapa, acertou uma pancada no travessão.
O Caxias teve boa oportunidade aos 40 minutos, em falta frontal. Paraná arriscou e Muriel não teve grande trabalho para efetuar a defesa.
No final, as duas equipes não conseguiram mais movimentar o placar. O empate em 1 a 1 ficou justo pela produção de ambas equipes no gramado.
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