8 de maio de 2012

Inter faz consulta na Conmebol e CBF para garantir Oscar contra o Flu


O Inter ainda não tem certeza de que Oscar estará em campo na partida de quinta-feira contra o Fluminense, válido pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. Para ter a garantia na escalação do atleta, o clube fez uma consulta formal junto a três confederações: CBF, Conmebol e FGF. A resposta é esperada até quarta-feira.

- Acredito que ele possa atuar porque em nenhum momento o Inter desinscreveu o Oscar na Libertadores. E ele reapareceu no BID como jogador do clube na sexta - opinou o presidente Giovanni Luigi, em contato com a Rádio Gaúcha.
Nesta segunda-feira, o advogado do São Paulo, Carlos Ambiel, entrou com um recurso no Tribunal Superior do Trabalho em Brasília para tentar cassar o habeas corpus concedido pelo ministro relator, Guilherme Caputo Bastos - a decisão liberou o atleta para voltar a defender o Colorado. Ainda não existe a certeza de que o recurso será julgado nesta semana.
Depois de 47 dias impossibilitado de atuar, Oscar voltou a atuar com a camiseta do Inter contra o Caxias, neste domingo, pela decisão do Gauchão. Fez o gol de empate em 1 a 1 contra a equipe grená e não segurou o choro na comemoração.
Oscar chora depois do gol contra o Caxias (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)Oscar chora depois do gol contra o Caxias (Foto: Alexandre Lops/Divulgação, Inter)
Entenda o caso
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar um contrato com validade de três anos, o que é proibido pela Fifa. O atleta ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou € 3 milhões (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
A partir daí foi a vez do clube do Morumbi correr atrás do prejuízo. O Tricolor entrou com várias acções até que, no dia 8 de fevereiro, em decisão da 16a Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta voltou a ter vínculo com o time paulista.
Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para tentar colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos federativos ou R$ 10 milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e estipulou o passe do atleta em R$ 17 milhões.
Na última semana, Oscar conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a jogar, o que não acontecia desde o dia 17 de março. A briga envolvendo jogador, São Paulo e Internacional parece que ainda está longe do fim.

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