Óculos escuros, sapatos prateados, brincos na orelha, camisa da moda. Foi com esse estilo, declaradamente à la Balotelli (atacante do Manchester City), que o volante Sandro Silva deixou o treino de sexta-feira, em que foi o último jogador do Inter a sair do vestiário do Beira-Rio. O sorriso no rosto e a tranquilidade ainda era a de quem foi um dos destaques do time contra o Santos, na quarta-feira, sendo que teve a incumbência de ser um dos marcadores de Neymar.
Emprestado pelo Málaga, da Espanha, até junho, Sandro Silva quer agora uma sequência no time de Dorival Júnior. Confiante, acredita que poderá mostrar dentro de campo que tem condições de permanecer no clube e ser titular.
- Uma coisa que me chateia muito é olhar e ver que um jogador da minha qualidade tem poucos jogos no Inter – afirmou.
Sandro Silva também passou por momentos complicados no clube. Em entrevista exclusiva, contou que enfrentou “problemas internos” no Inter, mas admitiu o erro e recuperou espaço
GLOBOESPORTE.COM – É possível dizer que o jogo contra o Santos foi o seu principal pelo Inter?
Sandro Silva – Pra mim foi. Era uma oportunidade única. Se o Neymar passasse por mim ou desse algum drible desconcertante, eu seria apenas mais um. Mas se eu pudesse marcar com eficiência, sem ser desleal, não só o treinador, como a torcida e o clube me olhariam com outros olhos.
Você aplicou até um chapéu no Neymar. Como foi esse lance?
Quem dá também toma. Tive a oportunidade, com muita frieza, mas lembrando que foi sempre com o intuito de visar o gol adversário.
- Uma coisa que me chateia muito é olhar e ver que um jogador da minha qualidade tem poucos jogos no Inter – afirmou.
Sandro Silva também passou por momentos complicados no clube. Em entrevista exclusiva, contou que enfrentou “problemas internos” no Inter, mas admitiu o erro e recuperou espaço
GLOBOESPORTE.COM – É possível dizer que o jogo contra o Santos foi o seu principal pelo Inter?
Sandro Silva – Pra mim foi. Era uma oportunidade única. Se o Neymar passasse por mim ou desse algum drible desconcertante, eu seria apenas mais um. Mas se eu pudesse marcar com eficiência, sem ser desleal, não só o treinador, como a torcida e o clube me olhariam com outros olhos.
Você aplicou até um chapéu no Neymar. Como foi esse lance?
Quem dá também toma. Tive a oportunidade, com muita frieza, mas lembrando que foi sempre com o intuito de visar o gol adversário.
E esse estilo Balotelli de ser e se vestir?
Sempre admirei o Balotelli dentro de campo e até algumas polêmicas que ele fazia fora. Eu lia algumas matérias dele e notava que se tratava de um cara diferenciado. É um louco, ao mesmo tempo em que é humilde. Saiu uma matéria interessante esses dias em que ele socorreu um cara no estacionamento.
Sempre admirei o Balotelli dentro de campo e até algumas polêmicas que ele fazia fora. Eu lia algumas matérias dele e notava que se tratava de um cara diferenciado. É um louco, ao mesmo tempo em que é humilde. Saiu uma matéria interessante esses dias em que ele socorreu um cara no estacionamento.
Mesmo sendo em funções distintas, você se inspira no Balotelli em campo?
Digo que não, até porque somos de posições diferentes. Só no visual.
Digo que não, até porque somos de posições diferentes. Só no visual.
De que forma se vê no Inter depois desse jogo contra o Santos?
Vejo como sempre, cada dia trabalhando para melhorar e buscar espaço. Desde o início no Inter, nunca cheguei em casa e dormi com a consciência pesada pensando “como eu joguei mal, o dia foi péssimo para mim”. Tenho autocrítica, sou um cara que me cobro muito. Nunca passei por isso e nem espero vivenciar essa situação.
Mas a sua temporada no Inter é um pouco diferente, com vários episódios. Na pré-temporada, pediu para não ser lateral-direito e há pouco tempo esteve mais afastado...
Comecei a pré-temporada como a última opção de volante, tinham muitos à frente. Sempre procurei ficar tranquilo, sabia que a chance viria. Fui contratado para atuar como volante, mas não estava tendo espaço nem como lateral, já que o Nei ocupa bem a função, e nem como volante, uma posição congestionada. Então decidi que se fosse para ser reserva, que fosse da minha posição, mesmo como a sexta ou sétima opção.
Vejo como sempre, cada dia trabalhando para melhorar e buscar espaço. Desde o início no Inter, nunca cheguei em casa e dormi com a consciência pesada pensando “como eu joguei mal, o dia foi péssimo para mim”. Tenho autocrítica, sou um cara que me cobro muito. Nunca passei por isso e nem espero vivenciar essa situação.
Mas a sua temporada no Inter é um pouco diferente, com vários episódios. Na pré-temporada, pediu para não ser lateral-direito e há pouco tempo esteve mais afastado...
Comecei a pré-temporada como a última opção de volante, tinham muitos à frente. Sempre procurei ficar tranquilo, sabia que a chance viria. Fui contratado para atuar como volante, mas não estava tendo espaço nem como lateral, já que o Nei ocupa bem a função, e nem como volante, uma posição congestionada. Então decidi que se fosse para ser reserva, que fosse da minha posição, mesmo como a sexta ou sétima opção.
Sentiu em algum momento recente que a oportunidade não viria?
Aos meus olhos, eu estava em uma sequência muito boa. Só que muitas vezes erramos na vida. Tive algumas situações internas dentro do clube. Pedi desculpas e disse que meus modos iriam mudar. A partir daí, senti que voltaria a ter oportunidade.
E daqui para frente? Como vê a oportunidade pelo Gauchão e contra o Juan Aurich, pela Libertadores?
Não vou pensar lá na frente e sim no final de semana. Se eu tiver oportunidade, vou tentar agarrar para não sair da equipe. Quando cheguei, alguns torcedores tinham desconfiança. Aos poucos, fui mostrando minha qualidade. Uma coisa que me chateia muito é olhar e ver que um jogador da minha qualidade tem poucos jogos no Inter. Não me lesiono muito, sempre trabalhei honestamente, nunca fiz ninguém de degrau, mas às vezes fico chateado com essa situação.
O principal para você seria uma sequência?
Seria uma sequência. Todo mundo necessita. Não tive essa sequência como titular.
Aos meus olhos, eu estava em uma sequência muito boa. Só que muitas vezes erramos na vida. Tive algumas situações internas dentro do clube. Pedi desculpas e disse que meus modos iriam mudar. A partir daí, senti que voltaria a ter oportunidade.
E daqui para frente? Como vê a oportunidade pelo Gauchão e contra o Juan Aurich, pela Libertadores?
Não vou pensar lá na frente e sim no final de semana. Se eu tiver oportunidade, vou tentar agarrar para não sair da equipe. Quando cheguei, alguns torcedores tinham desconfiança. Aos poucos, fui mostrando minha qualidade. Uma coisa que me chateia muito é olhar e ver que um jogador da minha qualidade tem poucos jogos no Inter. Não me lesiono muito, sempre trabalhei honestamente, nunca fiz ninguém de degrau, mas às vezes fico chateado com essa situação.
O principal para você seria uma sequência?
Seria uma sequência. Todo mundo necessita. Não tive essa sequência como titular.
Você mora com quem?
Sozinho (e com um cachorro da raça shitzu).
É próximo da tua família, recebe visitas?
Nunca tive uma família próxima como eu queria. Saí de casa cedo, não tive mãe, fui morar com os avôs quando tinha cinco anos. Não tenho uma barreira, mas sim certa distância. Os vejo quando vou ao Rio. Às vezes meu pai vem me visitar, e recebo sempre meus amigos.
O quanto que faz falta a família próxima para lhe ajudar, apoiar?
Faz muita falta. Se pudesse, traria todos os familiares, os que realmente gostam. Há casos em que muitas vezes é bom estar próximo. Em outros, é melhor a distância. Sempre tem aqueles que não torcem a favor.
Seu contrato vai até junho, qual perspectiva no clube?
Particularmente, não estou preocupado no momento com o contrato. Se o jogador estiver atuando, vem o contrato. Por isso, tenho que me preocupar em jogar bola, mostrar meu trabalho. Ninguém precisa enganar ninguém, sei que o clube tem muitos jogadores que conquistaram títulos na minha posição. Quando vim para o Inter, muitas pessoas falavam que tinha Tinga, Guiñazu, Elton, Wilson Matias, Glaydson. Minha resposta era de que não ficaria acomodado, que buscaria lugar mesmo em um grupo com muitos atletas de qualidade.
Seu objetivo é permanecer no Inter?
Sempre foi permanecer. Desde 2009, o Fernando Carvalho tentou minha contratação, quando eu estava no Palmeiras. Estava com o ombro machucado na época, tinha lesionado pela Libertadores. Sempre tive meio que uma porta aberta aqui no Inter. Não foi por empresário e sim pelo meu trabalho. Hoje, me sinto feliz no clube. Estando bem fora de campo, rendo melhor nas partidas e as coisas começam a andar com mais clareza.
Faz muita falta. Se pudesse, traria todos os familiares, os que realmente gostam. Há casos em que muitas vezes é bom estar próximo. Em outros, é melhor a distância. Sempre tem aqueles que não torcem a favor.
Seu contrato vai até junho, qual perspectiva no clube?
Particularmente, não estou preocupado no momento com o contrato. Se o jogador estiver atuando, vem o contrato. Por isso, tenho que me preocupar em jogar bola, mostrar meu trabalho. Ninguém precisa enganar ninguém, sei que o clube tem muitos jogadores que conquistaram títulos na minha posição. Quando vim para o Inter, muitas pessoas falavam que tinha Tinga, Guiñazu, Elton, Wilson Matias, Glaydson. Minha resposta era de que não ficaria acomodado, que buscaria lugar mesmo em um grupo com muitos atletas de qualidade.
Seu objetivo é permanecer no Inter?
Sempre foi permanecer. Desde 2009, o Fernando Carvalho tentou minha contratação, quando eu estava no Palmeiras. Estava com o ombro machucado na época, tinha lesionado pela Libertadores. Sempre tive meio que uma porta aberta aqui no Inter. Não foi por empresário e sim pelo meu trabalho. Hoje, me sinto feliz no clube. Estando bem fora de campo, rendo melhor nas partidas e as coisas começam a andar com mais clareza.
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