A derrota para o Juan Aurich na última quinta-feira ainda ecoa no vestiário colorado. Não apenas pelo resultado. As críticas para a atuação da equipe no gramado sintético do Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, não foram bem digeridas por Dorival Júnior.
Como de costume, o treinador colorado aparentou tranquilidade na entrevista coletiva após a goleada de 4 a 0 sobre o Veranópolis. Entretanto, deixou transparecer a inconformidade com as análises ao seu time na partida em Chiclayo. Dorival disse que o fato de o Inter ter perdido não fugiu a normalidade das outras equipes quando atuam lá por conta da falta de adaptação ao piso.
– Não mudei em nada o meu comportamento. Só acho que as análises precisam ter um pouco de correção. Ninguém se dá bem lá. O Santos venceu porque o Juan Aurich perdeu um jogador. Exigiram-nos uma atuação convincente, mas não viram as dificuldades. Lá não dá para ter toque de bola, o que o Inter prima. Hoje, no habitat natural, o Inter apresentou o seu melhor futebol.
Dorival comparou a situação com a altitude, "onde é difícil até caminhar" por conta do ar rarefeito, segundo ele. Para o treinador colorado, a falta de conhecimento do gramado determinou a situação da partida, e não algum aspecto técnico ou tático:
– Tivemos um problema muito sério. Todo mundo reclamou que foi difícil se adaptar.
O técnico ainda comentou sobre a intensa agenda colorada. Reiterou que o time está enfrentando uma sequência de jogos, o que resulta na oscilação de apresentações entre um confronto e outro.
Para a partida diante do Fluminense, na próxima quarta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores, Dorival espera que o Inter tenha a mesma atitude deste domingo. O treinador reconheceu que temia a reação do grupo após o revés e o desgaste da viagem ao Peru:
– Temos de manter a mesma postura. Sabíamos que tínhamos uma nova decisão. Precisávamos levantar essa equipe. Esse foi o nosso trabalho. Temos de seguir focados para mais uma decisão.
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