19 de abril de 2012

Luigi classifica nota do São Paulo sobre Oscar como 'pressão odiosa'


A relação entre Inter e São Paulo parece que azedou de vez. A nota oficial divulgada pelo Tricolor paulista em seu site oficial sobre o Caso Oscar, assinada pelo presidente Juvenal Juvêncio, não caiu bem entre a cúpula colorada, que está no Peru para a partida desta quinta-feira contra o Juan Aurich.
O time gaúcho entende que os são-paulinos estão tentando desestabilizar psicologicamente o atleta. Ao tomar ciência do teor da nota, o presidente Giovanni Luigi se manifestou e deixou transparecer todo o seu desagravo com a conduta do clube paulista:

- O São Paulo adota uma postura fora da realidade brasileira. O Oscar é um trabalhador que está impedido de exercer a sua função. É uma forma de pressão, já que estamos há cem dias dos Jogos Olímpicos de Londres. Não deixa de ser um abalo moral ao Oscar. Essa pressão, como vem sendo feita, é uma coisa odiosa – afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.
Luigi não pretende se encontrar com o presidente Juvenal Juvêncio para tratar do assunto. O dirigente lembrou que o Inter esteve em São Paulo na última semana para buscar um acerto com o clube, o que foi rechaçado pelos paulistas.
Nesta quarta-feira, o Tribunal Superior do Trabalho indeferiu o pedido de liminar do jogador, que segue impedido de atuar pelo Internacional. Tão logo foi notificado, o São Paulo emitiu nota comemorando a decisão e reafirmando o desejo de contar com o jogador ainda neste ano. Oscar, por sua vez, já declarou que não deseja jogar no São Paulo.

Entenda o caso
Depois de uma longa batalha jurídica, o São Paulo recuperou os direitos federativos do meia Oscar. Os desembargadores da 16ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo deram, por unanimidade (três votos a zero), provimento ao recurso do Tricolor.
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo, no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar um contrato com validade de três anos, o que é proibido pela Fifa. O atleta ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional.

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