20 de outubro de 2012

Texto do parceiro Marcos Sitarz sobre a gestão Giovanni Luigi.


RESUMO DA GESTÃO LUIGI:
O time é o reflexo das pessoas que o comandam. Uma esquadra que tem no elenco jogadores de nível (atual ou não) de seleção, com diversos outros jogadores com salário na casa de 300.000 por mês, não pode ter um rendimento tão pífio assim. Proponho, então, uma análise completa da administração do sr. Giovanni Luigi:
1) O sr. Luigi assumiu o Inter logo após o fracasso no Mundial contra o Mazembe. Bem ou mal, o Inter estava no Mundial, o que significa que vinha de uma conquista de Libertadores. Mas o time vinha numa descendente óbvia, com alguns jogadores não dando mais resposta, e o treinador Celso Roth já desgastado.
2) Após o desastre de Abu Dhabi, a primeira atitude do sr. Luigi foi manter o time e a comissão técnica do jeito que estavam. Só que sem o Giuliano, um dos melhores do time, vendido por preço muito baixo para um time de quinta categoria da Ucrânia.
3) Com um início vacilante na Libertadores, o Inter caminhava para uma classificação à fase de mata-mata. Nesse exato momento, o sr. Luigi demite Celso Roth e contrata Falcão. Achei ótima a vinda do Falcão, mas… por que o Roth não foi demitido ANTES da temporada iniciar?
4) Mostrando tremenda falta de convicção, o sr. Luigi demite Falcão menos de 3 meses depois de contratá-lo, sem justificativa aparente.
5) Dorival Júnior é contratado após um longo período com o interino Osmar Loss, e o sr. Luigi aceita que ele traga seus preparadores físicos junto. Fábio Mahseredjan fica contrariado, recebe proposta do Corinthians, e o Inter perde o melhor preparador físico em atividade no Brasil.
6) No final do ano, o Inter arranca a fórceps uma classificação para a pré-Libertadores – mas somente porque o D’Alessandro resolveu carregar o time nas costas nos últimos jogos, comendo a bola e jogando como um Messi. O Inter termina 2011 com um Gauchão e uma Recopa, e algumas lesões em série começam a aparecer, denotando problemas na preparação física.
7) Com a pré-Libertadores, a pré-temporada do Inter é encurtada, o que agrava a situação do preparo físico, que já seria preocupante ao natural. O Inter passa raspando pela fase de grupos e cai para o Flu nas oitavas. Enquanto isso, uma batalha jurídica pelo passe do Oscar se arrasta por meses a fio.
8) D’Alessandro recebe proposta milionária do futebol chinês. A direção cobre a oferta e oferece um salário absurdo para o gringo ficar.
9) Oscar é praticamente dado de graça para o Chelsea durante os jogos olímpicos, saindo imediatamente do time. Enquanto isso, o SPFC vendeu Lucas por muito mais dinheiro, sendo que o jogador se apresentará ao novo clube apenas no final do ano. Toda a batalha jurídica pelo Oscar foi em vão. Enquanto isso, a direção recusa propostas milionárias pelo Damião.
10) Nilmar queria voltar para o Inter, mas o clube alegou não ter os 8 milhões exigidos pelo Villareal. Poucas semanas depois, contrata Rafael Moura por 8,5 milhões – tudo isso com o dinheiro da venda do Oscar em caixa.
11) Numa tentativa de jogar para a torcida, Luigi e Fernandão vão atrás de Forlán, numa contratação badaladíssima. Mas até agora o uruguaio veio apenas passear em POA. Também contratam Juan, zagueiro em fim de carreira, após fracassar nas negociações com Naldo e Rafael Tolói.
12) Dorival é demitido por suposta falta de comando de vestiário. Quem assume é seu ex-chefe, Fernandão. Davi assume de vez o futebol do Inter.
13) Após uma breve injeção de moral com a troca de treinador, o time volta à mediocridade original. Lesões em série e convocações minam a sequência do Inter no campeonato. Nenhuma das novas contratações dá a resposta esperada.
14) Fernandão joga no ventilador e escancara que já tentou de tudo para incendiar os jogadores, que se negam a dar resposta. A direção diz que está tudo bem e não toma atitude alguma.
15) Após sucessivas derrotas, Fernandão coloca o cargo à disposição. A direção insiste em manter tudo do jeito que está, pois o ano está perdido.
Nesses 2 anos de administração do sr. Luigi, o Inter conquistou 2 gauchões, uma recopa (consequência de 2010 ainda), e duas eliminações nas oitavas da Libertadores.
Em menos de dois anos o Inter teve CINCO treinadores diferentes, perdeu o melhor preparador físico do país na atualidade, vendeu barato duas das maiores revelações dos últimos anos (Giuliano e Oscar, esse o novo camisa 10 da Seleção), contratou vários jogadores acima dos 30 anos, deu um aumento estratosférico para o D’Alessandro (que esse ano jogou menos da metade das partidas), renovou contratos de Nei, Bolívar, Índio, agora tenta renovar com Kléber (esses quatro formavam a zaga que deixou o Mazembe marcar 2 gols), e que insistiu em mandar os jogos num Beira-Rio em reformas, atrasando as obras e com a torcida centenas de metros distante.
O sr. Luigi, em dois anos, não acertou absolutamente NADA, ZERO. Uma administração pra rivalizar com as dos anos 90. Fracasso total, pessoas destinadas ao fracasso, e isso somado com os problemas técnicos e físicos do grupo de jogadores, acaba infestando o ambiente do Beira-Rio. E infestou de tal forma que a única saída é dar um Reset e colocar a oposição no comando do clube, pois pelo menos teremos a garantia de que algo será feito.

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