Por uma arbitragem que tenha mais diálogo, melhor nível e que a imprensa lute por essa melhora na relação entre jogadores e os homens do apito. Esses são os pedidos de D'Alessandro para o restante do Brasileirão.
O argentino, que já havia falado no desembarque do Inter na manhã da última quinta-feira, voltou a se manifestar nesta sexta-feira sobre a expulsão contra o São Paulo. Em uma entrevista de quase 20 minutos, não escondeu que desaprova a conduta dos árbitros, principalmente nas partidas do Brasileirão. El Cabézon revelou que acompanha os noticiários esportivos em todas as suas mídias e há uma opinião quase uníssona sobre o péssimo desempenho dos responsáveis pelos jogos, o que, inclusive, já gerou punições a alguns dos apitadores:
O argentino, que já havia falado no desembarque do Inter na manhã da última quinta-feira, voltou a se manifestar nesta sexta-feira sobre a expulsão contra o São Paulo. Em uma entrevista de quase 20 minutos, não escondeu que desaprova a conduta dos árbitros, principalmente nas partidas do Brasileirão. El Cabézon revelou que acompanha os noticiários esportivos em todas as suas mídias e há uma opinião quase uníssona sobre o péssimo desempenho dos responsáveis pelos jogos, o que, inclusive, já gerou punições a alguns dos apitadores:
– Assumo minhas responsabilidades. Vocês (jornalistas) falam há quase dois meses da arbitragem no Brasil. Estou aqui repetindo o que vocês dizem. A arbitragem brasileira tem um nível muito ruim. Não é só com o D'Alessandro e com o Inter. O Cruzeiro, o Grêmio, todos são prejudicados. Ela sofreu uma queda importante. A imprensa precisa nos ajudar. Jogar no Brasil está muito difícil.
Descontente com a falta de conversa entre árbitros e jogadores, o camisa 10 comparou o que ocorre no Brasileirão e na Libertadores e Sul-Americana. D'Ale disse que nas competições continentais existe um diálogo e, por isso, a relação é mais amistosa, o que gera um menor número de cartões amarelos e vermelhos.
A irritação do colorado se fundamenta, principalmente, em função da sua segunda expulsão no nacional. D'Alessandro entende que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, de Minas Gerais, foi "mal-intencionado". Para o gringo, o primeiro cartão amarelo foi dado injustamente, porque ele, como capitão da equipe, tentou conversar com o bandeira por entender que ocorrera uma falta em Dagoberto que não havia sido marcada.
Ribeiro, que não estava perto, chegou e o puniu. Depois, levou o segundo amarelo, que incidiu no vermelho, porque o árbitro avaliou que o argentino teria simulado um pênalti. Segundo o camisa 10, ele estava conversando normalmente com o mineiro, que até o havia alertado para pedir que Fabrício e Nei "maneirassem". Ainda ressaltou que, em uma falta cobrada por Jadson, colocou o braço no rosto para se proteger e questionou o árbitro se era lícito, e recebeu o aval. Apesar disso, ele se sentiu prejudicado, tomando duas advertências equivocadas:
– O primeiro amarelo foi muito injusto. Eu não discuti com o bandeira. Eu cheguei normalmente com o braço para trás, com todo o respeito. Entendi que era falta. Acho que vocês também pensaram que foi falta no Dagoberto. O juiz sem saber me deu amarelo. Só a vontade do juiz mal-intencionado. Antes do jogo, ele sabia o que queria fazer, eu tenho certeza. Eu não sou de simular falta. No segundo amarelo, eu fui puxado. Eu tenho certeza que o juiz não viu e acho que o bandeira também. Mas a intenção do juiz era antes ter algo comigo. Falei com ele todo o jogo na boa. Sendo capitão, tenho a liberdade de falar com ele. Acho que foi premeditado, não tem outra leitura. Foi uma vontade excessiva de ele me expulsar.
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D'Ale ainda falou de seu período no futebol brasileiro. Ele disse que apanhava mais no começo de sua estadia no país, e os árbitros aceitavam o diálogo. Porém, com o passar dos anos, ficaram menos acessíveis. De acordo com o argentino, o motivo pode ter relação com sua passagem vitoriosa no Beira-Rio, onde já conquistou títulos como a Libertadores, a Sul-Americana e a Recopa, mas ponderou que deseja não ser um rival dos apitadores:
– Quando eu cheguei aqui, a abritragem tinha mais paciência comigo. Eu apanhava muito. Hoje apanho bem menos. Naquele momento, eles deixavam eu chegar e falar. Não sei se era porque era novo, não sei se é porque agora já estou há um tempo e consegui conquistar muitos títulos no Brasil. Pode ter relação isso. Eu não quero ter a arbitragem como imiga. Quero que eles falem comigo. Se eles estão em um dia ruim, quero que me digam 'olha, D'Ale, não chega em mim que não quero conversar'.Seria muito melhor do que chegar, me sacanear e dar um vermelho por nada.
Suspenso, El Cabézon está fora do jogo deste domingo contra o Fluminense. No Brasileirão, em 22 jogos, atuou em 10, levando quatro amarelos e dois vermelhos.
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