Passa tempo, sai treinador, entra treinador e um problema se repete no Inter: o time acaba vazado por bolas alçadas na área. No Brasileirão, o terror pelo alto voltou a atormentar os colorados. Metade dos gols sofridos foi originada em jogadas aéreas.
O time, é verdade, não sofreu muitos gols no nacional. Os gaúchos ostentam a quarta melhor defesa da competição, com apenas 22 gols sofridos em 25 rodadas. Destes, 11 saíram pelo alto.
Diante do Sport, no último final de semana, os colorados foram vítimas da bola alçada. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Moacir cruzou na área. Gilsinho se antecipou e tocou de cabeça na saída de Muriel, ampliando a vantagem pernambucana (a partida acabou empatada em 2 a 2).
O segundo gol dos comandados de Waldemar Lemos mostrou que a tendência se tornou ainda mais frequente nas últimas partidas. Nos quatro confrontos mais recentes do Inter, o time foi vazado em cinco oportunidades. Em três situações (contando o gol de Gilsinho), aproveitaram o ponto fraco gaúcho.
No jogo anterior, no empate em 1 a 1 com o Botafogo, a equipe de Oswaldo de Oliveira também soube tirar proveito das bolas alçadas. Aos 31 minutos da segunda etapa, Jeferson lançou Cidinho, que surgiu livre entre os zagueiros colorados e mandou para o fundo das redes.
Na 22ª rodada, no empate em 1 a 1 com o São Paulo, os vermelhos não conseguiram segurar a vantagem e cederam a igualdade justamente em uma jogada aérea. O Tricolor do Morumbi cobrou falta rápida, enquanto o Inter estava desatento. Osvaldo passou por Elton e, dentro da área, cruzou para Maicon cabecear, aos 18 do primeiro tempo.
Bola aérea eliminou o Inter da Libertadores e quase custou o Gauchão
A jogada atormenta o setor defensivo do Inter desde o início de 2012. Após vencer o Novo Hamburgo na estreia da temporada, o time perdeu para o Avenida, no segundo jogo do ano. Na ocasião, a equipe de Santa Cruz marcou dois gols por cima.
Os problemas reapareceram no primeiro Gre-Nal do ano. O gol de Marquinhos foi de falta direta. No entanto, o meia inicialmente havia colocado a bola na área e nenhum jogador do Inter conseguira afastar o perigo.
Sem estancar esse risco, o time acabou alijado da Libertadores. Após empate em 0 a 0 com o Fluminense no jogo de ida das oitavas de final, o Inter saiu na frente no Engenhão. Com o gol marcado fora, podia até empatar. Todavia, sofreu dois gols originados de bola aérea, encerrando com o sonho do tri.
O bicampeonato do Gauchão esteve ameaçado justamente por conta desse tipo de lance. Michel abriu o placar para o Caxias, no Beira-Rio, de cabeça, aproveitando descuido da zaga. Na base da raça e do talento de D'Alessandro, o Inter reverteu o placar sobre o time da Serra Gaúcha e levantou a taça.
Semana cheia para estancar o problema
Sem partidas até domingo, quando recebe o Bahia, Fernandão poderá aproveitar os treinamentos da semana para corrigir o posicionamento dos seus comandados e aprimorar a defesa. Após promover trabalho físico na reapresentação desta terça-feira, o treinador terá, a partir desta quarta, tempo para estagnar o defeito.
Drama pelo alto: Os gols sofridos de bola aérea em 2012 | |
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Avenida 3 x 2 Inter - 2 gols | |
Grêmio 2 x 2 Inter | |
Inter 2 x 1 Ypiranga | |
Inter 1 x 1 Santos | |
Juan Aurich 1 x 0 Inter | |
Fluminense 2 x 1 Inter - 2 gols | |
Inter 2 x 1 Caxias | |
Flamengo 3 x 3 Inter | |
Inter 1 x 2 Botafogo | |
Bahia 1 x 1 Inter | |
Inter 2 x 1 Cruzeiro | |
Atlético-MG 3 x 1 Inter | |
Inter 4 x 1 Atlético-GO | |
Corinthians 1 x 0 Inter | |
Portuguesa 1 x 1 Inter | |
Inter 0 x 1 Grêmio | |
São Paulo 1 x 1 Inter | |
Botafogo 1 x 1 Inter | |
Inter 2 x 2 Sport |
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