11 de setembro de 2012

Inter tenta opções, mas praticamente descarta se mudar do Beira-Rio


Mesmo que o Beira-Rio não seja mais aquela “panela de pressão” habitual e comporte torcedores apenas nas arquibancadas superiores, com cenário marcado pelas lonas de proteção nas inferiores em obras, o endereço colorado dificilmente será alterado durante o Brasileirão. Aventada por Fernandão após o revés diante do Fluminense no domingo, a possibilidade de mudar a casa colorada em algumas partidas foi praticamente descartada pelo presidente Giovanni Luigi, em contato com o GLOBOESPORTE.COM.

Mesmo assim, alternativas foram avaliadas pela alta cúpula colorada. A Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, por exemplo, chegou a ser cogitada. Mas a troca não foi considerada positiva por um motivo: as condições do gramado foram avaliadas como inadequadas.

- Há um mês, andei vendo hipóteses. Mandei agrônoma e engenheiro para Bento Gonçalves e recebi que o gramado estava em péssimas condições. Não tinha como - explicou o dirigente. - Para Erechim, a logística é complicada. Na Ulbra, em Canoas, não há a capacidade mínima exigida.
Já o Alfredo Jaconi, do Juventude, foi descartado por causa das dimensões reduzidas. A diretoria acredita que o tamanho do campo pode ser benéfico para times considerados mais “retranqueiros”.

Em uma comparação com outros estádios, Luigi segue acreditando que o Beira-Rio seja a melhor opção. O dirigente também não se assusta com os públicos reduzidos em confrontos recentes. Aposta que o estádio ficará lotado em dias de melhores condições climáticas e no momento em que D’Alessandro, Forlán e Damião voltarem a atuar juntos - o que ocorrerá domingo, contra o Sport.

- Como tudo na vida, há prós e contras. No Beira-Rio temos um gramado de qualidade e a logística. Poderia se dizer que a torcida está distante. Contra o Fluminense, foram 8 mil pessoas em um dia de chuva. Se fosse um domingo de sol radiante, com todos os titulares, certamente o público passaria da casa dos 15 mil - pondera Luigi.

Beira-Rio à metade, campanha à metade
A questão da troca de estádio foi cogitada pelo técnico Fernandão, na entrevista coletiva após a partida contra o Fluminense. Com campanha apenas razoável em casa, o treinador alegou que as equipes adversárias já não sentiam “pressão” na casa colorada.
- Sair (do Beira-Rio) desde que seja para um lugar fixo para que o torcedor possa fazer uma pressão maior. Vale passar pela decisão da direção - disse, no domingo.
No ranking de torcida, o Inter aparece como a 10ª melhor média de pagantes, com 11.542 por jogo. O líder no quesito é o Corinthians, com 25.732, seguido pelo Grêmio, com 19.065. Válido pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão, o Gre-Nal teve público total de 10.617 pessoas, sendo que o estádio tem capacidade atual para 18.500. 
Em sete jogos na gestão Fernandão, o Inter conquistou apenas 11 dos 21 pontos possíveis em casa. Foram três vitórias, dois empates e duas derrotas. Com o insucesso diante do Fluminense, o time gaúcho caiu para a sétima colocação, com 35 pontos. Tentará buscar a reabilitação longe do Beira-Rio – contra o Botafogo, no Engenhão, na quinta. Fora de casa, o treinador conquistou oito de 18 pontos possíveis em seis partidas. 
Beira-Rio com 100% das arquibancadas inferiores em obras (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)

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