A distância de 18 pontos para o líder Fluminense (53 a 35) e o fato de estar quase alijado da briga pelo título a 15 rodadas do término do Brasileirão não diminuem a autoestima dos colorados. O Inter entende que permanece como um dos protagonistas do Nacional, garante Fernandão.
O técnico deixou de lado o fato de o clube gaúcho ter uma das principais folhas salariais do país (na casa dos R$ 8 milhões mensais) e jogadores do calibre de D’Alessandro, Leandro Damião, Dagoberto, Diego Forlán, Kleber, Juan e Guiñazu e, mesmo assim, não estar na briga pela taça, como ocorreu em 2010 e 2011. Para ele, ser um dos melhores times do Brasileirão é estar entre os postulantes à Libertadores (como nos últimos dois anos, embora em 2010 o time tenha garantido a classificação por conta do título no torneio sul-americano).
- O Inter conseguiu uma vaga na Libertadores em 2010 e 2011. Isso é ser protagonista. Se o título está disputado por duas ou três equipes, a Libertadores segue viva. Coadjuvante é estar em 12º, 13º. Estamos quatro pontos atrás do G-4 (o Vasco, que ocupa a quarta colocação, tem 39). Se isso é ser coadjuvante, tem clube que deveria fechar as portas porque nunca é protagonista - defendeu Fernandão.
Fernandão ressaltou as dificuldades enfrentadas em montar a equipe de uma rodada para outra, em função de lesões, convocações e suspensões - como ocorrerá nesta quinta-feira contra o Botafogo, quando não contará com Mike, Dagoberto, Rafael Moura, Juan, Kleber, Otávio e Ygor, todos lesionados, Nei e Fabrício, suspensos, além de Bolatti e Dátolo, que não puderam ser relacionados por conta do número de estrangeiros (em competições nacionais, as equipes só podem relacionar três por jogo). Os percalços no trajeto impediram o Inter de repetir uma formação em duas partidas seguidas. Apesar disso, os gaúchos seguem próximos ao Vasco.
- Estamos passando por grandes problemas, mas brigamos na parte de cima do Brasileiro. Não somos coadjuvantes - reforça o técnico.
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Além das dificuldades de escalação, Fernandão tentará quebrar um retrospecto como visitante da equipe pelo Nacional. Em 11 partidas pelo Brasileirão longe do Beira-Rio, os colorados conquistaram os três pontos em apenas três oportunidades. Todas foram contra equipes que estão entre as quatro piores do certame: 2 a 0 sobre o Sport, atual 17º, 1 a 0 em cima do Figueirense (19º), e 1 a 0 diante do Palmeiras (18º).
Se os vermelhos apresentam dificuldades para derrotar os times de cima, o histórico recente fora de casa também é desolador. A última vitória, contra os comandados de Felipão, ocorreu no dia 4 de agosto. Depois, disputou mais quatro jogos, com duas derrotas e dois empates. Fernandão, todavia, não se mostra preocupado e aposta na força do grupo colorado para sair do Engenhão com a décima vitória:
- Não me preocupo com essa situação. Existem outros times fazendo campanhas irregulares fora. Só o Fluminense e o Atlético-MG realizam grandes aproveitamentos como visitantes. Não temo isso. Confio no potencial na nossa equipe.
Contra o clube carioca, às 21h, o Inter mandará a campo Muriel; Edson Ratinho, Rodrigo Moledo, Índio e Zé Mário; Josimar, Guiñazu (Elton), Fred e D’Alessandro; Diego Forlán (Cassiano) e Leandro Damião.
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