Da conversa com alguns dos líderes do vestiário só ouviu apoio. Dos dirigentes, um pedido de moderação aqui e ali, mas igualmente solidariedade. Do treinador a reiterada confiança e algumas dicas para minimizar o confronto com os árbitros. Mas todos acham que o gringo tem que ficar com a braçadeira.
“Falei com muita gente do clube desde que voltamos. Falei para ver se eu estava tão errado assim [em relação ao jogo com o São Paulo e sua expulsão no segundo tempo]. Se eles tinham enxergado alguma coisa que eu teria feito no jogo, algo que eu poderia ter esquecido. Mas eles falaram que não, as opiniões deles foram positivas”, contou o jogador.
D’Ale virou capitão poucos dias antes de recusar uma oferta milionária da China e renovar contrato com o Internacional. Ele esticou o tempo de vínculo e ganhou um polpudo aumento. Passou a ser, também, garoto-propagando do clube e a centralizar planos de marketing. Em campo, contudo, as lesões se proliferaram e ele pouco atuou.
No Brasileirão são apenas 10 partidas. E em duas delas, D’Alessandro foi para a rua após confusão com a arbitragem. Para o Internacional, não resta dúvida: o temperamento do argentino e seu rótulo junto aos árbitros dá origem a uma receita indigesta.
“Acho que até melhorei, melhorei muito em termos de reclamação. Eu chego normalmente, com o braço para trás, que é o que a arbitragem quer. Tenho falado na boa. Mas está difícil. O nível da arbitragem brasileira está muito ruim”, disse D’Alessandro.
Contra o Fluminense o capitão estará fora, suspenso. Diante do Botafogo ele deve retornar. Com a braçadeira e a mesma postura. Convicção particular e apoiada, de certa forma, pelo Internacional.
“Não adianta tentar mudar algo de um jogador que sempre viveu desta maneira. Você pode tentar minimizar. E ele já está conseguindo reclamar sem os braços no ar, mas não vou mudar de maneira nenhuma, é o estilo competitivo do D’Ale”, opinou o técnico Fernandão.
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